sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Sim. Agora sim chegou 2011. Desabafo natural.

2011 Chegou! Nada de expectativas, enfim. Puramente inoperante sob as esperanças próprias. É realmente apropriada a ideia de "carpe diem", talvez, mas com os pés no chão e ligados casualmente com os sonhos que não foram possíveis serem realizados em 2010. Esse que foi o ano, dentro dos meus privilegiados momentos e desejos, que permiti que o erro falasse mais alto, para que nos próximos eu não tivesse mais a vontade de cometer algum deslize.
Mudei meu jeito de sentir e de fazerem sentir-se também. Inventei regras e as quebrei com um imenso prazer, junto com um seguinte clã, que de certa forma, precisavam viver igual. Me surpreendi com a agilidade de ser o que eu quis e de tornar, por alguns momentos, o egoísmo o meu maior amigo. Aí eu me olhei mais e pude ver melhor as outras pessoas.
Provei das melhores dores, alegrias, tristezas, do sucesso, da paciência, do ódio, da confiança, da traição, do choro, do sorriso, mas o melhor foi ter provado da liberdade; de ter sido quem eu quis ser. Me permiti perder e ganhar na mesma proporção. Aprendi a me apaixonar e esquecer tão facilmente, me comparando aos casos anteriores. Aprendi a aprender ensinar e mostrar que a gente pode o que quiser e na hora que quiser. Tornei o otimismo, chefe principal das minhas ações.
Da seguinte forma, quem é otimista, arrisca e dá certo, pensa que era o que realmente tinha que ter feito sem hesitar e se ele arrisca e não tem um retorno positivo, pensa que era dessa forma que as coisas tinham que ter acontecido e que à frente virão coisas melhores. O pessimista nunca quer ver de nenhuma forma. Ele simplesmente não arrisca, ele mantém.
Muitas, muitas pessoas pessimistas foram contra minha forma de ver 2010 e por alguns instantes acharam que eu estivesse desorientada. Uma crise de risos me tornou mais forte ainda para ver o quão fracos e medrosos eles permitem ser. Por alguns momentos da minha vida, eu já desejei ser como eles. Achei que era o modo mais maravilhoso de viver, mas ainda bem que sobrevivi a essa tentação.
Nós vivemos igualmente, com todos os benefícios e malefícios dessa vida, mas o que me diferencia deles, na nossa estada aqui, são as estatísticas. Sofri como eles e sabe qual a conclusão? Eu não me entreguei e fiz desse estado de espírito algo bem vindo, pois ele é apenas um visitante e o que ninguém sabe é como tratá-lo. Aprendi a lidar com ele e suas diferenças e arranquei várias risadas do meu péssimo humor. A dor me ajudou a entender de uma forma, que nem 100% de alegria me ajudaria, pois nem todo sorriso que dão para você significa que é porque querem o seu bem. Ingenuidade é alvo certo para a dor.
Tinha esquecido de como é gostoso o sabor da surpresa e dos outros sentimentos que deixei escondidos e agora eu não cessarei a vontade deles de virem para fora e terem a liberdade de verem o sol brilhar. Não tento mais evitar suas quedas e seus respectivos arranhões. Negar ter medo é alimentar-se mais dele e para o meu próprio bem, eu deixei de pensar assim.
Trouxe e exigi que ficassem os sentimentos que mais amedrontam as pessoas e estou aqui hoje sem ter o que reclamar. Até no lado ruim há lado bom. Da mesma forma que sinceridade é uma qualidade incrível, em instantes se torna um defeito imperdoável.
Desse sonho que passou, então eu resolvi acordar. Mais motivada ainda. Pelo que eu não sei, mas o que vier agora é lucro. A vida é maravilhosa e quero aproveitar nela tudo o que eu puder. Oscilar entre protagonista e antagonista será sempre um charme. 2011 chegou, nada de expectativas, enfim, mas o que recebi até agora, não foi nem metade do que recebi no início dos anos que se passaram.
De certa forma, olhos fechados e seguindo em frente o caminho. Pode ser que eu tropece em alguma coisa ou antes que isso venha acontecer, alguém me ajude a abri-los. Ter medo? Nem tenho mais medo de tê-lo, pois esse aí vai me levar à lugares que nunca fui capaz e que ainda não tive coragem de ir.