segunda-feira, 12 de maio de 2014

Distintos Iguais

As formas, as bordas. De certo confortam.
Por dentro, intenso. Nem com o tempo despertam.
O mundo, contudo. Do avesso ignoram.
Agora, em diante. Pra sempre elaboram.

De perto, incerto. Misturas aguentam
Distante, um instante. Nos olhos encantam.
Um dia, três vezes. Agora apavoram.
Num frio, de leve. As gotas desbotam

Com tudo, com tanto. Tão tarde se lembram
Rápido, com vida. Dois passos demandam
Loucura, sem tempo. Palavras se encontram
Depois, o agora. Pra sempre desarmam

domingo, 9 de março de 2014

Q u a t r o

Presságio de um mau presságio. E quem dirá que não é possível?
E se for uma porta que se abre, mesmo quando outra se fecha?
O que importa mesmo é se conseguirá ver um passo à frente, mesmo querendo dar vários para trás.
Nem toda vontade de gritar vem com estórias planejadas, polidamente secretas. Toda vontade cerca expectativas e improvisos poéticos. Uma alma canta toda vez que sente a vida e quando torna tudo profundamente infinito; uma alma vive quando uma outra sorri. 
Nem que seja por um instante, o melhor olhar tem que vir de dentro, reparando todas as rachaduras e imperfeições até, então, lidar com o que é oferecido de forma aleatória num mundo superficial. Os sonhos montados em valores perdidos sempre irão transformar verdades em fantasias desacompanhadas. Toda profunda e imensa fortaleza se dá ao fato de que toda ação consegue complementar e acompanhar os diversos tons que as palavras podem exibir. 
Todos destinados a depender de algo, alguém e por menor que seja isso, estão distantes de aceitar que cada ato pode ser reescrito e revisto de um ponto em comum. Mas quem é que julga o comum como grandioso? Há, sim há, possíveis combinações e significados para infinitos sinônimos desprovidos de aprovação, e, de certa forma, notamos o exagero no uso alguns que não significam Nada.
E por uma única oportunidade de dize-las, tornam-se reféns de um sistema que dificilmente torna possível a dissipação num dia normal.
E se o nada é tão crucial, e se o nada é tão vazio, por que querem tanto encontrar sentido nisso? Qual o valor e o poder que é encontrado nessas 4 singelas letras? E o mais inquietante sobre isso é que podemos encontrar um antônimo que preenche e carrega igualmente.
É sabido muito sobre muita coisa, mas nem de longe o mais importante, hoje, é o que se absorve. É preciso ter algo a oferecer. Se não esperar recompensas, talvez não te roubarão nada.