sexta-feira, 8 de junho de 2012

E o que resta.

Mudam as cores da vida a cada minuto. As transformam em estatísticas de sobrevivência e acaba faltando-lhes o poder da escolha. Cada tragada de indiferença é vista como fortaleza superior às contradições pessoais, tornando o inevitável, uma forma direta de fuga. O belo termo que limita a liberdade, a timidez, passa a atuar diretamente para com os que se têm menor intimidade, e para os que encontram-se em posições contrárias sobram apenas a paciência e o dever de entender, e aceitar, que o natural é totalmente necessário às escuras. Em um dia é possível correr o mundo com os olhos e pensamentos, mas demora-se bastante a entender que a vida nada mais é que o restante do ontem. Isso é marcado por uma crescente que não pára e nunca irá; uma crescente que só mudará se sua vida arrancar do espaço seu antônimo mais temido. Um antônimo que talvez nunca será sucumbido como graciosidade vital, por afastar por completo a realização das vontades.
O bonito, como sempre fora, é o mistério, juntamente com as surpresas inspiradoras, essas que ligam e desligam a certeza e a incerteza em um piscar de olhos, sendo traduzidos em todas as línguas. Tem um combustível tão pouco usado, e que mesmo em sua quase extinção, com uma pequena gota que seja, consegue transformar as emoções e o piegas coração. O amor nada mais é que tudo: tudo o que podemos ou não sentir. É a matemática dos sentimentos. É exato por ser tão flexível e livre. É indecifrável, mas é confortável à sua maneira. 

E o que resta é torcer para que mudem as cores da vida, mas que transformem cada tragada da indiferença em um belo termo para os que encontram-se em posições contrárias, onde aceitar o natural é possível. Correndo o mundo com os olhos e pensamentos, que marca uma crescente que não pára. Que o bonito, juntamente com as surpresas, seja traduzido em todas as línguas para que o combustível tão pouco usado, consiga transformar as emoções do que podemos ou não sentir, e que elas sejam confortáveis à sua maneira. E o que resta é amar!

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Um verbo.

Temos um poder absoluto sobre todos os nossos sentidos, mas não sobre os nossos desejos. Alimentados, diariamente, por ideias e formas de conseguir alinhar tudo que é possível para poder alcançar algum tipo de equilíbrio, mas somos falhos. Destinados a analisar o presente cautelosamente, nós sofremos com as necessidades futuras, espelhadas no reflexo de nossas vontades. É fácil você alcançar, mas dar continuidade é a parte mais complexa; finalizar algo é quase uma honra. Nesse meio tempo você descobre duas palavrinhas, que definem uma eterna incógnita: esperar e esquecer.
É uma eterna luta para distinguir qual melhor status do destino seguir, pois, qualquer um dos dois, é incrivelmente doloroso de realizar; até mesmo de pensar. Tentamos fazer o impossível, tentando andar contra o tempo e reinventar as regras que foram inventadas por quem pensa que entende, não por quem as viveu.
Esse soco no peito, que aparece sempre quando ouvimos uma música, quando sentimos um aroma, quando sonhamos, quando relembramos dos momentos, faz com que cada minuto dessa ardorosa angústia, por querer decidir qual é o certo, seja único; seja só seu e de mais ninguém.
A vida é composta pelos que querem e pelos que esperam alguém querer.
O que diriam os sábios do passado se descobrissem que hoje, nosso destino poderia ser resolvido com apenas a escolha de um verbo?