domingo, 9 de março de 2014

Q u a t r o

Presságio de um mau presságio. E quem dirá que não é possível?
E se for uma porta que se abre, mesmo quando outra se fecha?
O que importa mesmo é se conseguirá ver um passo à frente, mesmo querendo dar vários para trás.
Nem toda vontade de gritar vem com estórias planejadas, polidamente secretas. Toda vontade cerca expectativas e improvisos poéticos. Uma alma canta toda vez que sente a vida e quando torna tudo profundamente infinito; uma alma vive quando uma outra sorri. 
Nem que seja por um instante, o melhor olhar tem que vir de dentro, reparando todas as rachaduras e imperfeições até, então, lidar com o que é oferecido de forma aleatória num mundo superficial. Os sonhos montados em valores perdidos sempre irão transformar verdades em fantasias desacompanhadas. Toda profunda e imensa fortaleza se dá ao fato de que toda ação consegue complementar e acompanhar os diversos tons que as palavras podem exibir. 
Todos destinados a depender de algo, alguém e por menor que seja isso, estão distantes de aceitar que cada ato pode ser reescrito e revisto de um ponto em comum. Mas quem é que julga o comum como grandioso? Há, sim há, possíveis combinações e significados para infinitos sinônimos desprovidos de aprovação, e, de certa forma, notamos o exagero no uso alguns que não significam Nada.
E por uma única oportunidade de dize-las, tornam-se reféns de um sistema que dificilmente torna possível a dissipação num dia normal.
E se o nada é tão crucial, e se o nada é tão vazio, por que querem tanto encontrar sentido nisso? Qual o valor e o poder que é encontrado nessas 4 singelas letras? E o mais inquietante sobre isso é que podemos encontrar um antônimo que preenche e carrega igualmente.
É sabido muito sobre muita coisa, mas nem de longe o mais importante, hoje, é o que se absorve. É preciso ter algo a oferecer. Se não esperar recompensas, talvez não te roubarão nada.

2 comentários:

  1. ''E se o nada é tão crucial, e se o nada é tão vazio, por que querem tanto encontrar sentido nisso?

    E se o nada for vivido durante tempos ou até mesmo, intensamente. Acha que não encontraria sentido à isso?

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  2. Acredito que o nada é reflexo de um vazio confortador. Imagine alguém que viva o nada por tanto e tanto tempo, e que deixe de apreciar e absorver o tanto de coisas boas que a vida tem a oferecer, só para não encarar consequências de cada escolha? Vale à pena?

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